A busca de um ponto fulcral para cada vida deve ser pessoal e intransmissível, uma longa e enriquecedora caminhada durante a qual antes de se encontrar o ponto nos encontramos a nós próprios. Encontro esse – de um ser humano consigo próprio – sempre suspeitado e temido pelos donos do status quo como potencialmente desencadeador de explosões terríficas, de revoltas tenebrosas contra os mesmos donos do status quo… Nada há de mais perigoso do que um ser humano armado da sua crença. Por isso se inventaram religiões e ideologias colectivas, jogos de comunhão de paixões em circo e estádios… deuses de barro tribais e desejos de conquistas nacionais…
E, no entanto, o ponto fulcral, aquele cuja chave pertence a cada um de nós, está lá. Melhor, está aqui, cá dentro, no sentir de cada um. O (meu) Deus. A (minha) morte. A (minha) redenção.
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