Trata-se de uma poesia límpida, sem rebuscamentos inúteis, nem erudição desnecessária e balofa, como tantas vezes encontramos por aí. (…) Como a vida é uma constante construção feita de contínuas desconstruções da realidade, há nesta poesia um contínuo recurso à inquietação e ao desassossego, à saudade, à paixão…
Exactamente o vermelho, a cor da paixão, não podia deixar de estar presente nestes poemas, onde sobressaem a esperança, a saudade e a fúria de viver todos os momentos. A presença do amor e do bem-amado, a saudade pela ausência, ainda que fugaz, fá-la dizer: “afundo a saudade nos teus olhos” ou “Nas garras afiadas da saudade, / mata-me o real da ausência” (…).
Na sua poesia, marcada pela luminosidade, pela cor, sentimos que a paixão se salienta acima de todas as outras características e, porque a paixão é o centro e o fulcro do seu “fazer poético”, poderão ser o amor, a paixão, a sedução, o êxtase que marcam a identidade desta poesia.
Herberto Hélder, um dia, referiu que, em toda a sua vida, só tinha feito um poema… O resto andava à volta desse mesmo poema! Ora, Goreti Dias mostra-nos um eterno retorno a um único poema: que são todos os seus poemas, feitos em torno da paixão, do amor. Assim, ousaria dizer que a sua poesia vai de um erotismo subtil a um erotismo em êxtase de volúpia (…)
Maximina Mª Girão C. Ribeiro
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