Não há nenhum ser humano que nunca tenha pensado pelo menos uma vez na vida como poderia ter sido a sua vida se… se, em certos momentos, encruzilhadas em que é crucial tomar uma decisão, tivesse optado por uma direcção, tivesse escolhido outra via, que não aquela que seguiu. Se tivesse escolhido para companheira(o) de cama aquela(e) e não esta(e)… Se tivesse optado por Artes e não por Engenharia… Se tivesse lançado a carta da emigração e não tivesse ficado no seguro rincão pátrio… Se, naquela noite, tivesse cedido ao diabo e seguido com ele até aos fins dos dias…
“Podia ter sido” é uma longa reflexão poética sobre os múltiplos caminhos que se foram plantando ao olhar do poeta, aqueles que poderia ter trilhado e que não trilhou, ou que trilhou mas que abandonou, ou que trilhou e o marcaram, mas sem nunca ter deixado de ser o José e o Maldonado com que nasceu, numa coerência que só tantos caminhos incoerentes e díspares puderam ajudar a construir, uma coerência que lhe foi advindo da força telúrica que sempre teve dentro de si, a consciência de que o fado é “… que mistura as cartas, mas somos nós quem as jogamos”.
Vítor da Rocha
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