Os Fantasmas de Armagedão
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Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, pela voz de Ben-Gurion, que viria a ser o seu primeiro primeiro-ministro, culminando um processo que vinha de finais do século XIX. De facto, a crescente onda de anti-semitismo dessa época e os brutais progroms então ocorridos, com especial incidência na Rússia e na Polónia, levaram o judeu austríaco Theodore Herzl a fundar um movimento político – o sionismo – que defendia o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional independente e soberano no território onde historicamente existira o antigo Reino de Israel (e que era, então, o lar dos palestinianos). Contudo, apesar da ligação histórica à Palestina, outros locais foram ainda sugeridos para lar do futuro Estado de Israel, como, por exemplo, o planalto de Benguela, na Angola portuguesa.
Este e muitos outros assuntos são abordados pelo autor, António Santos Silva, narrando alguns dos principais problemas e tramas políticos que ocorreram na Palestina entre os anos da Grande Guerra de 1914-1918 e os anos de 1922 a 1948 (durante o Mandato Britânico de administração da Palestina concedido pela Sociedade das Nações), de que se destaca o aparecimento e acção de organizações terroristas sionistas como o Irgun e o Lehi, provando-se, assim, que a acção terrorista foi também uma opção dos judeus, tal como o é, hoje, dos palestinianos.
A História diz-nos que todas as nações (melhor, todos os seus apóstolos, ideólogos e ativistas), sem exceção, em todas as eras, cometeram os crimes que consideraram necessários para atingir os seus objectivos.
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