Não há palavras que possam apresentar este livro de versos. Ultrapassado o deserto, vivida a escravidão, sofrida a angústia em “Os Poemas de Ninguém”, surge agora a luz da vida em todo o seu esplendor.
O que é simples é belo. E o que é belo é a vida. E a essência da vida está na natureza. Habituados, pela condição de homens modernos, a viver num mundo frio, inumano, mecânico, de petróleo, alcatrão e betão, esquecemos facilmente essa essência da vida.
Este é o livro que nos ensina a ver, a sentir – pelo aroma, pelo ouvido, pelo olhar – o gosto da vida. Só no que é simples – e é isso que é eterno – se revela a poesia. No rio, na água que corre lentamente, na rocha que impede a sua passagem; nos troncos, nos ramos, nas folhas e nos frutos; nos caminhos, no pó que os pés levantam quando passam; no vale mais profundo, no monte mais elevado; no sol, no crepúsculo, na luz da lua, em tudo o que se vê, aspira e respira, cintila a poesia.
Não é em nós que a poesia está encerrada. É no que nos rodeia, na simplicidade do que é natural, que a poesia existe.
Este é o livro que nos (re)ensina a apreciar a vida.
Ao percorrer os versos deste livro sente-se a essência de um Caeiro, a potência de um Torga. Voltamos a ser o pastor “ingénuo” no cimo de um outeiro, o “Anteu anão” renascido pelo húmus natal.
Voltamos a sentir-nos e a ser verdadeiramente Humanos.
Fernando Mina
(Professor)
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