Porque todo o enredo é uma explanação “dissimulada” sob conteúdo de pendor poético, esta narrativa potencia o leitor a dilatar o seu interior para além do seu umbigo, despindo a pele da sua aparência tantas vezes abstracta, para a melhor compreensão da presença mental de outrem. Como pequenino ponto de partida há uma afiguração real daquilo que somos, dos nossos sonhos enquanto crianças. Também neste romance a criança é o vínculo, o ponto de partida, a negação à resignação, a débil criatura empoleirada no carrossel de nome “vida”, vida que gira à sua volta, no seu pequenino mundo de cor. Mas o cavalo de madeira que supostamente a iria levar atrás dos seus sonhos entra em galope, perde-se num carril, enferrujado, torto e ruim, obrigando ao descarrilamento.
O homem cai arrastado pelos destroços desse descarrilamento, levanta-se e com recuos e avanços tem a árdua tarefa de retirar o entulho de gente nociva e recolocar o dito carrossel a girar só com pessoas bonitas. Será que o vai conseguir?
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